Os erros corrigem-se com amor...
- 2 de fevereiro 2023
Permite-me dizer-te isto: tu vais falhar. Tu vais falhar contigo e com os outros; vais falhar com o que planeaste, vais atrasar-te, vais esquecer-te… e depois? Permite-me dizer-te outra coisa: não é por falhares que vais ser pior pessoa, uma atitude não te define, o teu erro, a tua falha não te define. Define-te a forma como olhas para ti, como te vais tratar depois; define-te a forma como vais olhar para o outro, assumindo a tua responsabilidade; define-te a forma como vais olhar para o erro e fazer dele a oportunidade perfeita para seres um pouco melhor, por ti e pelos outros. O que te define, depois de falhares, acima de tudo, contigo, é como escolhes ser para ti. Escolhes acolher-te em amor, sendo compreensivo, sabendo que vais ser melhor? Escolhes tratar-te mal e ser tão rígido contigo, sabendo que essa atitude só vai fazer com que te ames cada dias menos pela crença que começa a enraizar-se em ti? Pára e pensa. Trata-te como tratarias o teu semelhante, se estivesse na tua situação; Cuida-te como cuidas de quem está à tua volta; Olha-te com o respeito que olhas o outro. Fala-te baixinho ao ouvido e diz-te que vai ficar tudo bem. Ama-te como amas quem está ao teu lado. E, lembra-te, o erro é sempre a oportunidade perfeita que tens para ser melhor 🤍
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Saúde mental & Psicoterapia- Do outro lado da lua
- 25-03-2023
Descrição do episódio:
Bem-vindo a mais um episódio. Hoje convido-te a conhecer um dos mais recentes capítulos da minha história de vida. Falo-te sobre psicoterapia e saúde-mental: os motivos que me levaram a procurar ajuda psicológica, o impacto que teve na vida e de que forma-me salvou num dos momentos mais desafiantes que ultrapassei. Aguardo a tua opinião, as tuas ideias, as tuas sugestões, relembrando-te que este é um espaço de partilha, que estou aqui para ti e que te sintas à vontade para partilhar comigo o que sentires. Vejo-te… Do outro lado da Lua! (24- 02-2023)
O lado B da Parentalidade
- 13-05-2023
Mulher, profissional, amiga, filha, irmã e mãe de um. Não me esgoto num só papel e, possivelmente tu também não. Assumimos cada papel que desempenhamos na nossa vida e tentamos dar o nosso melhor em cada um deles. Estando dedicada à área do desenvolvimento pessoal e autoconhecimento, cada dia que passa acredito mais que a Parentalidade é o maior e melhor curso de Desenvolvimento Pessoal que conheço. Trazer um filho ao mundo é muito mais que o acto que lhe dá a vida. Com o nascimento de um filho, nasce uma mãe, nasce um pai, nasce um avô, uma avó… com o nascimento de um filho, nasce uma família – assuma ela a forma que assumir.
A Parentalidade é um universo de possibilidades infinitas, tal como eu, tal como tu; tal como os filhos que trazemos ao mundo. Mentiram-te. Mentiram-te tanta vez sobre o que é este universo, fizeram-te acreditar que era tudo cor de rosa e que ias estar sempre bem. Desengana-te. A parentalidade ensina-nos sobre aceitação, sobre dualidade, sobre altruísmo, sobre conexão, sobre responsabilidade, sobre entrega, sobre amor incondicional. Ser mãe e ser pai é aceitar que colocamos no mundo um pequeno Ser que um vida vai voar e que a nossa missão é guia-lo da melhor forma que sabemos, com os recursos que temos. Neste caminho do autoconhecimento, paralelamente, ao meu maternar, ganho cada vez mais consciência: sobre mim, sobre o meu filho e sobre os que nos rodeiam. Rejo-me por princípios e valores de uma Parentalidade que se pretende mais respeitosa, mais consciente e mais positiva. Ao reger-me por eles, sou também eu confrontado com processos internos pessoais. Isto porque os nossos filhos são os nossos reflexos e, como tal, há sempre qualquer coisa que vejo no meu filho que devo melhorar em mim. Aprendo todos os dias, a cuidar de mim também porque se eu não estiver bem comigo, se eu não tiver amor por mim, eu não vou estar bem com e para ele, nem vou conseguir dar-lhe o que nem para mim tenho. Aprendo que não o posso prender nesta nossa bolha de amor, mas posso dar-lhe amor e ferramentas para ele conseguir Ser no mundo lá fora. Parentalidade, aprendi também, é aceitar que não o posso proteger de tudo, que não o posso proteger da magoa, da queda, da dor, da desilusão, mas posso criar e ser um espaço seguro para quando tudo desaba no exterior ele ter onde regressar. A parentalidade positiva e consciente promove a autonomia, a responsabilidade, a conexão, a liberdade de ser e estar, a aceitação do outro. Muitas vezes, vais ser colocada à prova, muitas vezes vais sentir que queres desistir, muitas vezes vais duvidar de ti… mas deixa-me dizer-te que o AMOR é a chave para tudo na vida: para ti, em primeiro, e para todos à tua volta. Por isso, quando esses pensamentos tomarem a tua mente por assalto, agradece-lhes por te relembrarem que és capaz de te tornar uma versão ainda melhor de ti.
Com muito amor te abraço,
Joana Jacinto Ricardo
O poder está dentro de ti
- 17-06-2023
Um dia disseram-me “não sou boa a comunicar, isso não é para mim… eu gosto é de escrever” [é só para os outros?]. Ouvi, em presença, e, sem pensar muito, respondi “mas então o meu filho comunica comigo desde que nasceu e só agora começou a falar” [na verdade, muito antes de nascer já comunicava]. Tempo depois, aquela conversa ecoou em mim e refleti muito sobre o que ali estava em causa, aliado àquele que é o nosso poder pessoal, à forma como levamos a vida e como pensamos sobre nós, o que dizemos a nós próprios que vai criando raízes e deixando marca. Quantas vezes olhamos para nós com carinho e empatia como olhamos para os outros? Quantas vezes deixamos para os outros porque cremos que não somos capazes ou que tal capacidade não existe em nós? Quantas vezes projetamos a nossa felicidade no futuro, em situações que ainda não aconteceram? Ou até… Quantas vezes vivemos agarrados à experiência do passado, ao peso do que foi, sem darmos oportunidade de olhar esses momentos como aprendizagens? O segredo está dentro de ti; o segredo está em viver o momento presente. A vida acontece agora e tu és capaz. Vem comigo: Pensa num sonho que tenhas, num objetivo que queiras muito alcançar, algo que queiras conquistar. Pensa qual seria o cenário ideal, quem tu és, o que vestes, o meio ambiente que te rodeia, as pessoas que estão contigo, as cores, os cheiros, observa os teus pensamentos, a forma como te sentes. Volta aqui. Reconhece, com amor, em ti as tuas qualidades e os teus pontos fortes; olha-te com mais amor agora e reconhece o que precisas de melhorar para chegar onde queres. Olha para dentro de ti, vai o mais fundo que consigas e pensa o que tens agora à tua disposição para dares o primeiro passo nesse caminho, nessa tua jornada. Começa hoje. Estuda, lê, sonha alto, sem limites e sem te condicionares, controla o teu pensamento e pensa positivo: dá-te amor e cuida de ti, desenvolve-te, te torna-te a tua melhor versão. Passo a passo… e mesmo que o caminho não seja sempre de sol, aproveita e aprende a dançar na chuva. Garante que dás o melhor de ti, a ti. Para depois te dares ao outro. Mesmo que o melhor em algum momento seja descansar, abrandar para ganhar balanço para o salto da tua vida. Olha-te e percebe que tens em ti tudo para lá chegares. Melhora-te, melhora a qualidade dos teus pensamentos, a rua relação contigo, a tua alimentação, a tua saúde física, mental e espiritual. Sê empático e compreensivo contigo. Ama-te. Ama-te muito. Olha à tua volta e percebe que não vais encontrar fora, o que está dentro de ti. A vida não é sobre ontem ou sobre amanhã: a vida é agora. A vida não é sobre ter: a vida é sobre ter.
A minha conversa com a Joana : " por de trás de um proceso de coaching"
- 08-07-2023
O amor, esse amor , o amor que cura, o amor que transforma , o amor que salva...!
- 11-11-2023
Anda.
Chega perto… Deixa-me contar-te um segredo, baixinho.
Tu és o amor da tua vida.
Sabes? Sabes aquele amor que faz vibrar a alma, aquece o coração e brilha o olho? Esse! Esse amor que dá vontade de abraçar, de dar carinho, de dançar, de ser abrigo, de ser porto seguro. Aquele amor incondicional, sabes? Esse! Esse que, tão habitualmente dás aos outros, mas não a ti. Sabes? Preciso de te contar algo que descobri agora, recentemente, agora que consigo colocar em perspectiva tantas passagens da minha vida.
Questionava-me, sem entender, porque é que quanto mais dava de mim aos outros, menos valor sentia ter; dizia eu, revoltada e triste, não saber porque é que magoava tanto quando viravam as costas a alguém “como eu”, que dava tudo de mim; Lamentava-me, magoada e cansada, que quanto mais eu remava, sozinha, contra tudo e todos, mais as marés subiam e eram difíceis de ultrapassar; Sentia-me, eu, já sem energia e em cacos, abandonada por tantos e por todos a quem tudo dei – tudo o que tinha e o que não tinha. E sabes?
Sofri e chorei tantas lágrimas de tristeza, de dor, de mágoa, de revolta. Mas sofri mais ainda e chorei mais ainda quando tudo se encaixou e se tornou mais claro que nunca. Sofri e chorei por me ter colocado em lugares e situações que não eram para mim; por me ter arrastado tanto no tempo a sofrer no vazio – onde cabe tudo e não cabe nada; por me julgar e por me criticar, por me ter sentido sempre insuficiente e incapaz. Sofri e chorei quando percebi que eu nunca me vi, nunca me tive e nunca me senti o meu grande amor. Sofri imenso e chorei mais e mais quando percebi que abandonei o meu barco, algures no tempo, quando fui a primeira a deixar-me e a virar-me as costas. E sabes, também chorei, já sem sofrer, quando consegui perdoar-me por tudo isso e quando consegui entender que tudo o que tanto procurei nos outros: a validação, a atenção, a companhia, o amor, deviam partir primeiro de mim. Resgatar o meu amor próprio, o meu poder pessoal, mudou a minha perspectiva sobre mim, transformei-me e o mundo à minha volta transformou-se, parecia magia – espantava-me, surpreendia-me. Não podia dar a alguém o que não tinha para mim, por mais que quisesse. Também, por isso, em certos momentos, tive atitudes tóxicas: fui ciumenta, possessiva, controladora. Bem sei. Aos poucos, com atitudes tóxicas de mim para mim e de mim para os outros, desci até ao fundo do meu poço, e por lá andei um tempo: sem cor e brilho no olhar, com e sem vontade de ser vista, sem força para me levantar, com uma dor inexplicável na alma e no coração. Mas, hoje, eu também sei que aprender mais sobre mim, conhecer-me, trabalhar em mim, olhar para essas sombras, trazê-las à luz, foram pequenos degraus que subi até sair de lá e tornaram-me uma pessoa melhor. Este foi o maior desafio que tive nos últimos dois anos: aprender a dar-me amor, aprender a ser o meu grande amor e a sentir-me como tal, aprender a gostar da minha companhia, aprender a cuidar de mim e da minha energia, aprender, essencialmente, a ouvir-me e a dizer-me que sim, priorizando-me. E, deixa-me dizer-te que isto é possível para ti. Quando me vi sem forças e sem saúde mental e física, reforçar a psicoterapia, a actividade física, a meditação, o contacto com a natureza, cumprir muitas tarefas de auto-cuidado como estar presente a tomar o meu banho, cozinhar uma refeição nutritiva e cheia de cor e de amor, salvaram-me e fortaleceram-me. Hoje, digo, com um brilho no olhar que não sei onde lá atrás me perdi, mas ao reencontrar-me apaixonei-me: por mim e pelo processo. Hoje, sou muito grata por toda e cada experiência que me trouxe aqui. Agora, que te chegaste perto e que por aqui permaneceste, olha para dentro e pergunta-te: quantas vezes me digo que sim? abraço-me quando tudo fica difícil? celebro as minhas pequenas e grandes conquistas? permito-me receber? organizo e dedico tempo a actividades que me fazem sentir bem e feliz? quando tenho um dia difícil faço por ter um diálogo gentil e amoroso comigo? deixo o julgamento e a crítica de lado em relação a mim e às minhas atitudes? consigo ser flexível e ser empática com os meus próprios processos? ouço o meu corpo e trato-o com carinho? tento manter-me fiel aos meus valores, ser fiel a mim própria? rego a minha relação comigo própria, todos os dias? valorizo-me e amo-me? Tudo leva o seu tempo… Dá-te esse tempo. Faz aos poucos: antes feito que perfeito. Larga o controlo. Deixa fluir. Vive o presente. Liberta-te do que te puxa e prende lá atrás e avança na direcção que queres. Lembra-te que o amor-próprio é o teu pára-quedas, o teu escudo protector, a tua própria fonte de amor incondicional, por ti e pelos outros. Aprende a amar-te, a dar-te amor, a valorizar-te, a ouvir-te. Tu sabes sempre. Usa essa bússola que tens dentro de ti e saberás sempre para onde ir. E, ainda que por vezes te sintas perdida… sabe que tens dentro de ti a maior e mais poderosa ferramenta que estará ao teu dispor sempre que queiras: o teu amor por ti. O amor, esse amor, o amor que cura, o amor que transforma, o amor que salva…!
