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Do Olhar ao Abraço: Netos Contam Sobre os Seus Laços com os Avós

 

Do Olhar ao Abraço: Netos Contam Sobre os Seus Laços com os Avós

“Os avós são os nossos pais com açúcar”.

1-Relato Ana (21 anos) e Mariana (64 anos) – Romena

Uma das coisas que mais gosto na minha avó é a sua grande vontade de viver e de desfrutar da vida, o seu sentido de humor assim como o carinho que demonstra cada vez que falamos ou estamos juntas. Gosto quando relembramos histórias de quando eu era pequena e de como era a vida antigamente e o quanto mudou. A nossa forma de demonstrar o quanto somos importantes uma para a outra não é através de palavras, mas de atitudes e gestos de carinho e para nós, eu penso que é o mais importante. Gosto de saber que nos preocupamos uma com a outra e que telefonamos uma à outra com frequência, nem que seja só para falar o que comemos e o que fizemos nesse dia.
Adoro demonstrar-lhe o meu amor fazendo-lhe rir ou quando lhe faço comer, ou quando ficamos a falar as duas durante a tarde na varanda enquanto tomamos café e jogamos às cartas.

Um dos meus momentos preferidos que tive com a minha avó aconteceu no verão passado quando fomos de férias e visitamos o nosso país, a Roménia, e depois visitamos a Sicília.
Um dos meus sonhos é poder viajar com ela, visto que até agora ainda não tive oportunidade de conhecer o mundo.
Gosto das tardes a comer fruta enquanto falamos com os vizinhos e com a minha mãe e simplesmente desfrutamos da companhia.
As palavras que deixaria por escrito à minha avó seriam: que a amo e apesar  nao verbalizamos essa palavra dizermos, eu sei que ela também me ama. Que quero passar com ela muito tempo a rir, a viajar e a desfrutar enquanto o tempo passa.

2- Relato Catarina (18 anos) Avós (73 anos e 71 anos) – Portuguesa

O que mais gosto nos meus avós é o facto de serem tão únicos e especiais.
A memória que ficará guardada na minha mente e no meu coração para sempre dos meus avós são os almoços de domingo “em família”.
A maneira que eu arranjo para demonstrar o quanto eles são importantes para mim é passar tempo de qualidade com eles e ajudo-os com boa vontade em fazer o que eles já não conseguem fazer sozinhos.
Já a forma como os meus avós demonstram e (gosto bastante) como gostam de mim é quando dedicam o seu tempo a estarem comigo, a falarmos de vários assuntos e como eles cuidam de mim, preocupando-se comigo.

O recado que deixaria num papel aos meus avós seria: Gosto imenso de vocês. Vocês deviam ser eternos! Nunca haverá palavras suficientes para lhes dizer quão importantes são para mim nem atitudes suficientes para lhes demonstrar o quanto eu gosto deles!

3- Relato Sofia (18 anos) Avó (73 anos) – Portuguesa

O que mais gosto na minha avó é a força que tem para lidar com as situações menos positivas da vida.
A minha forma de demonstrar amor à minha avó é através da dedicacao , mostrar que estou do lado dela em todas as situações e, outras vezes, “dar-lhe na cabeça ” quando se esquece de cuidar dela própria.
Já a forma como a minha avó demonstra amor é através dos conselhos que me dá e das suas brincadeiras.
A memória mais feliz que tenho com a minha avó é das brincadeiras que tínhamos quando eu era criança.
Eu passava parte das minhas férias escolares em casa dela e ela recebia-me sempre da mesma forma, fingindo-se de chateada por, como ela dizia, já ter voltado ao “hotel” e depois, dava-me um abraço.

Se escrevesse um recado à minha avó dir-lhe-ia: “Olá avó, espero que estejas bem! Quero que saibas que gosto imenso de ti e das memórias que criamos juntas. Espero que nesta minha nova fase possa continuar a contar com o teu apoio e que te orgulhes muito do meu percurso! Muitos beijinhos.”

4- Relato Maria (24 anos) avós (60 anos a 80 anos) – Portuguesa

O que mais gosto nos meus avós é o facto de serem bastante comunicativos e interativos. A forma como eu demonstro amor aos meus avós é sendo genuína com cada um deles. Brinco com eles, faço-lhes rir, gosto de proporcionar momentos de descontração. No entanto a forma como eles encontram para demonstrarem o amor deles por mim é através do olhar cheio de amor e compreensão com que me olham, os sorrisos que esboçam e as brincadeiras que têm comigo.

Um dos vários momentos que irei guardar na minha memória e no meu coração foi quando eu era mais nova, eles paravam tudo para cantarem enquanto eu tocava viola.
Não vou esquecer o apoio e a alegria que me transmitiam.
Se tivesse que lhes escrever um recado o que lhes escreveria seria o seguinte: Por favor não viram estrelas tão depressa, a Terra ainda precisa de vocês!

5- Relato do Miguel (13 anos) avós têm uma média de idade de 70 anos – Português
O que mais gosto nos meus avós de ambas as partes, do lado do meu pai e do lado da minha mãe é o facto de eles terem sempre o cuidado de cuidar de mim ao máximo.
A maneira que eu encontro no meu dia-a-dia para lhes demonstrar o quanto eles são especiais para mim é o tempo que passo junto de cada um deles.

Eu apercebo-me do quanto os meus avós gostam de mim através do cuidado/atenção que têm comigo, principalmente quando me dão muitos miminhos.

As várias memórias que irei guardar na minha mente e no meu coração dos meus avós são os momentos quando eu era criança e estávamos na minha casa num jantar de Natal todos juntos.
Se tivesse que escrever um bilhete aos meus avós o que lhes diria é que os amo muito e que sem eles a minha vida não seria a mesma!

6- Relato Isac (14 anos) avós 72 anos – português

O que gosto mais nos meus avós é o carinho que demonstram por mim e por todos nós assim como a capacidade de estarem sempre prontos a ajudar no que precisamos.
Eu demonstro amor pelos meus avós com abraços e carinhos mas também a fazer algo com eles. A passar tempo com eles.
Já a forma como eles demonstram o seu amor é quando me ajudam e querem estar connosco.
A melhor memória que tenho com os meus avós é o Natal quando nos juntamos todos juntos, conversamos e rimos.
Se tivesse que escrever um recado aos meus avós o que lhes escreveria: Olá avós, muito obrigado por estarem sempre ao meu lado para me apoiar.

Obrigado pelo carinho que nos dão, estamos aqui para o que precisarem e queremos passar o máximo de tempo possível convosco. Obrigado por serem nossos avós.

7- Relato Nandinha (21 anos) Avó materna (72 anos) e avó paterna (83 anos) – Brasileira
O que mais gosto nas minhas avós, é difícil dizer apenas uma coisa! As minhas avós são mulheres fortes, inteligentes, incríveis, me fazem bem e eu espero fazer bem a elas também. É muito bom ligar para as minhas avós e conversar com elas, falar sobre os meus dias e elas sobre os dias delas. Elas são de facto as minhas melhores amigas.
Minhas avós demonstram-me amor de várias maneiras, seja perguntando como estou, seja desejando o meu bem e estarem felizes por mim, seja, apesar dos meus defeitos, continuarem me amar. Isto para mim é amor puro e a base da nossa relação.
Demonstro amor às minhas avós da mesma maneira que elas demonstram a mim. Faço questão de dizer o quanto as amo, o grande impacto que elas têm na minha vida, a ensinar lições que vou levar para toda a vida. Agradeço por elas existirem, são amadas não apenas por mim, mas por todas que as conhecem.

Com a minha avó materna, tenho a memória de quanto ela veio me deixar em Portugal. Ela veio junto comigo e junto com a minha mãe. Nós andávamos pelas ruas de Portugal sem saber direito onde estávamos a ir, mas nós divertíamo-nos como nunca! Já com a minha avó paterna, as lembranças mais felizes que tenho é quando ficávamos juntas no quarto dela a ver novelas e a fazer comentários, e a ouvir os comentários engraçados dela sobre as personagens. E também quando almoçávamos juntos e falávamos sobre tudo.
Se escrevesse um recado às minhas avós, o que eu escreveria: Diria que elas são os seres humanos incríveis, iluminados, que fazem diferença na vida de toda a gente.
São pessoas que são amadas e merecem todo o amor do mundo.

8- Relato de Martim (24 anos) e a avó (80 anos) – português
O que eu acho engraçado na minha avó é quando eu lhe faço uma pergunta e ela diz ‘hã?’ ‘Como se não tivesse entendido, mas depois responde sem eu ter de repetir.
A forma natural que transmito que gosto da minha avó é quando a ouço, quando lhe limpo o quarto, quando me pede para mudar de canal na tv, quando lhe destroco as notas de 20€, são gestos que faço e ela fica toda contente.

Já a forma como a minha avó demonstra carinho e que gosta de mim é querer várias vezes coser as minhas calças rotas da moda, dá-me uma notinha e salienta que é para beber um café, surpreende-me várias vezes com bolos e chocolates, quando me despeço dela e ela logo pergunta quando volto a ir visitá-la, sempre que me oferece comida como se eu estivesse sem comer há dias, isso são formas de ela mostrar o quão gosta de mim.
As melhores memórias dos meus avós são do tempo em que era mais novo e ia com a minha avó de autocarro para a cidade e ela sempre me comprava um bolo na praça, até mesmo quando nos dias de verão ela enchia o tanque com água para eu ir para a ‘piscina’.
Se tivesse que escrever um recado aos meus avós seria: que gosto imenso deles e que agradeço muito a paciência deles, afinal de contas eles foram pais duas vezes e não me irei esquecer disso nunca.

9- Relato Ali (21 anos) avó 75 anos e avô 85 – Italiana
Tenho a sorte de ainda ter os meus avós, mas tenho uma relação mais próxima e verdadeira com os pais da minha mãezinha. Eles ajudaram muito para o meu desenvolvimento e como gosto muito dizer foram eles que me criaram. A minha avó costuma dizer que quando eu nasci ela era muito jovem, é muito orgulhosa dos seus 54 anos e conta-me que nessa época tinha muita vontade assim como muita ilusão em ser avó.
No entanto agora, costuma dizer que se sente velha e cansada e começa a ser difícil conviver com o meu avô.
Os meus avós têm 10 anos de diferença entre eles, presentemente a minha avó tem 75 anos e o meu avô 85. Mas para mim, com o meu olhar de 21 anos, vejo-os com muito vigor e vitalidade, suportam-se mas acima de tudo sinto muito amor na relação deles estão   juntos há mais de 54 anos – Quem me dera conseguir o mesmo que eles!

A nossa sociedade atualmente não está mais acostumada a este tipo de amor.

Atualmente, tudo que for profundo assusta! Mas sinceramente o que mais me assusta a mim é esta mentalidade, tão superficial que encontramos hoje em dia.
Acredito que eles não compreendem muitas das minhas escolhas da vida, inclusive que não partilhem de muitas decisões, inclusive até admiro quem tem a ousadia em expressar o que pensa, ser direto e principalmente apesar da divergência de mentalidade apoiam-me independente de tudo.
Dizem que sou teimosa mas penso que eles têm a noção que foram eles que me ensinaram a ser assim. Amo o clima sereno que só eles sabem criar.
O lar, para mim, são onde estão os meus avós, adoro a forma como são constantes e muito lutadores. Sou fã dos meus avós! Com os meus avós a ser generosa, a dar aos outros sem querer nada em troca. Isso para mim é o mais precioso ensinamento que me deram.

Na sua forma de viver, humilde, simples, positiva e com muita honra, é admirável. O ato de dar amor, enche mais aquele que doa do que aquele que recebe. Eles dão-me muito amor e eu também demonstro o meu amor por eles, expressando-lhes várias vezes o quanto os amo. Preocupo-me com eles, a acompanhá-los aos locais quando precisam, visito-os o máximo que eu posso, felicito-lhes pela boa comidinha que sempre cozinham quando vou visitar-lhes. Sinceramente, penso que não existe melhor demonstração de amor que a presença!
As memórias mais presentes dos meus avós são da minha infância e sou muito grata a eles, não existem momentos mais felizes que outro porque sempre me senti muito amada, e isso para mim é absolutamente o melhor do mundo. A minha avó diz que nós temos uma ligação especial, que jamais poderá ser comparada nem muito menos possível de descrever.
O recado que diria aos meus avós: Muito obrigada, devo-vos a vida. E amo-vos mais do que tudo e todos!

9- Relato Matilde (17 anos) avó (63 anos) – portuguesa
Honestamente, dizer o que eu mais gosto na minha avó é algo muito difícil. Gosto de tudo nela! Desde aquele sorriso constante, aquela boa disposição, aquela alegria que só ela é capaz de transmitir. A maneira simples como ela consegue resolver os nossos problemas e aquela dedicação de comprar as batatas fritas que gosto para quando eu lá for as poder comer. Basicamente é isso o que eu mais gosto na minha avó, é ela! Toda ela! A forma que encontro para demonstrar amor por ela é de todas as maneiras possíveis e imaginárias, através de palavras, ações, telefonemas. Alinhando nas maluquices que ela gosta, etc. A minha avó demonstra amor de todas as maneiras, até sem ter intenção de o fazer, liga-me para saber como estou, leva-me a passear, compra as coisinhas que eu gosto de comer para quando for a casa dela poder comer algo que goste e dá aqueles abraços aconchegantes que nem dão vontade de largar. A memória que irei guardar na minha mente e no meu coração da minha avó, basicamente, acabam por ser todos os momentos, porque sempre sou feliz quando estamos juntas, ela transmite imensa cor e alegria ao momento.
É impossível escolher um momento isolado em específico. Se tivesse que escrever um recado à minha avó: escreveria que ela tem uma luz própria tão forte, tão iluminada que é impossível alguém ficar ao escuro do lado dela

10 . Relato Leonor (23 anos) e os seus avós (avó 73 anos, avô 78 anos (parte do pai) e avô 83 (parte da mãe)) – Alemã

A minha avó tem 73 anos e o meu avô tem 78 anos (são da parte do meu pai).
O meu avô (parte da minha mãe) tem 83 anos. O que eu mais gosto na minha avó é o facto de gostar muito de fazer Yoga, cuida muito bem do seu corpo e da sua saúde. Ela é muito bonita. No meu avô (parte da minha mãe) o que mais gosto é o facto de ter muito bom humor e o seu sotaque é do sul da Alemanha. O meu avô (parte do pai) o que mais gosto é quando está a cantar e dos seus belos olhos azuis. A forma que eu encontrei para demonstrar amor aos meus avós foi através de cartas e, algumas vezes, faço-lhes desenhos. Uma vez o meu avô fez um calendário com fotos e uma coroa de flores com pássaros. Costumo telefonar-lhes e escrever-lhes mensagens via Messenger.

Os momentos que passo com eles, gosto de lhes dar muita atenção e gosto de escutá-los. Faço-lhes muitas perguntas e também conto-lhes a minha vida. Tem vezes que também lhes faço a comida. Acredito que, sem que eu expresse com todas as letras, os meus avós sabem que eu os amo!
A forma como os meus avós demonstram o cuidado, o amor que têm por mim, é quando me ajudam economicamente, quando me perguntam sobre a minha vida. A minha avó cozinha muito bem, costuma cozinhar para mim e para a minha família, ajuda-nos a lavar a roupa e tem vezes que até coze a roupa que precisa de cuidados. A minha avó convida-me a ir à sua casa e, muitas das vezes, caminhamos juntas. Os momentos que passo com a minha avó são sempre muito relaxantes para mim. Adoro os momentos que passo com o meu avô, ele diz muitas piadas e por isso eu e o meu irmão estamos sempre a rir com ele. As memórias que tenho com o meu avô (parte da minha mãe) foi quando brincávamos no sofá quando éramos pequeninos, era eu, o meu irmão e ele. O meu avô sempre foi muito divertido.

Já com a minha avó foi durante um Natal quando cozinhávamos almôndegas para toda a família. Com o meu avô (da parte do meu pai) foi um dia quando estávamos na sala e falou-me da sua infância até que chorou. Foi muito impressionante para mim. Se tivesse que escrever um recado o que escreveria era: Querida Oma, Muito obrigada por tudo o que ensinaste. Estou feliz por ter uma avó com uma mente tão aberta, interessada pelas pessoas e pela vida. Estou fascinada em como aprendi tantas coisas novas e, no entanto, continuas a aprender. O Yoga é a tua paixão e isso reflete-se no teu corpo. Estou muito feliz por cuidares de ti. Tu também ajudas muito as pessoas à tua volta, és muito empática e tens muita sensibilidade no trato com as pessoas. És uma mulher forte e tenho muito respeito e admiração por ti. Estou muito orgulhosa de ti. Quando tiver a tua idade quero estar tão elegante como tu estás! És lindíssima por dentro e por fora.

Um abraço!

 

 


 


Carolina Machado Borges

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